Advogados especializados em divórcio nos EUA estão observando um fenômeno interessante: boa parte dos casais que pedem separação estão começando a apontar o Facebook como causa do fim do casamento.
Segundo o jornal The Guardian, mesmo com as taxas de divórcio permanecendo estáveis nos últimos anos, os advogados e acadêmicos especializados em separação começam a apontar o Facebook como principal causa dos problemas de relacionamento que levam ao divórcio. O fenômeno está levando advogados a pedir acesso às páginas dos seus clientes nas redes sociais antes de começar o processo judicial de separação.
Uma pesquisa conduzida pela Academia Americana de Advogados Matrimoniais (AAML, na sigla em inglês), descobriu que de cada cinco advogados, quatro citaram aumento nos casos de pedidos de divórcio causados por redes sociais, com o Facebook à frente.
Um dos fatores causadores de divórcios são as contradições entre o discurso de uma das partes do casal e seu comportamento nas redes sociais. Um exemplo presente entre as estatísticas da AAML é o de pessoas que negam para seus cônjuges que consomem drogas ilícitas, mas na rede social falam abertamente sobre o uso de maconha. Isso pode pesar inclusive na disputa pela guarda dos filhos, segundo o estudo.
Conexões com velhos amigos dos tempos do colégio aliada à fragilidade do casamento atual é outro exemplo de “destruidor de lares” citado por especialistas como o psicólogo e conselheiro matrimonial Dr. Steven Kimmons: “se esse velho conhecido está disponível afetivamente as conexões podem se tornar mais ativas”, diz Kimmons. Mas considerando que o número de pedidos de divórcio continua estável, pode-se inferir que o uso do Facebook – ou qualquer outra rede social - não é a causa do divórcio. Trata-se apenas de um possível agravante em uma relação que já não vai bem.
Um portavoz da rede social diz ser “ridículo sugerir que o Facebook leva ao divórcio”. Para ele, “seja em um casamento ou um divórcio, o Facebook é apenas um meio das pessoas se comunicarem, como cartas, telefonemas ou emails”.
Fonte: MsN tecnologia
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