O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) já conseguiu as 27 assinaturas necessárias para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as irregularidades que vem sendo cometidas pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). Nesta quarta-feira (11), ele encaminhou à Secretaria-Geral da Mesa do Senado o pedido de criação da CPI.

Agora, a Secretaria-Geral vai conferir as assinaturas e depois o pedido da CPI será lido em Plenário. Depois disso, serão indicados os membros da Comissão (11 titulares e seis suplentes) para sua instalação de fato. Os senadores terão seis meses (180 dias) para concluir os trabalhos.

O parlamentar quer a apuração de denúncias divulgadas em jornais sobre as falhas no trabalho do Ecad e proponha mecanismos de fiscalização do Estado sobre o órgão, com base no Plano Nacional de Cultura. O senador também quer investigar as relações do Escritório com o Ministério da Cultura (MinC). A ministra da pasta, Ana de Holanda, chegou a declarar que não era possível subordinar o órgão ao Executivo.

O Ecad já foi alvo de três CPIs em diferentes instituições. Na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Uma das últimas denúncias de repercussão nacional mostrou que foram repassados quase R$ 130 mil para um falsário (Milton Coitinho dos Santos) por autorias de trilhas sonoras que na realidade são de outros compositores.


Fonte: Observatorio do direito a comunicação
O Ministério das Comunicações pretende criar uma "mesa de diálogo" com a sociedade para discutir temas do anteprojeto de regulamentação das comunicações no país. A informação foi dada hoje (20) pelo assessor executivo da pasta, James Görgen.

Ele explicou que a ideia é colher sugestões de movimentos sociais e do setor privado para a consolidação do texto, que reunirá propostas aprovadas na Conferência Nacional de Comunicação, realizada em 2009, e deverá ser apresentado para consulta pública no segundo semestre.

Segundo Görgen, o texto vai propor a regulamentação, principalmente, de três artigos constitucionais (221, 222 e 223). Os itens tratam da produção e da programação de rádios e televisões, concessão e renovação de outorgas, além de regras de propriedade.

"O ministério já fez toda a revisão da parte de comunicação social eletrônica, de radiodifusão, de difusão audiovisual, de produção audiovisual e do arranjo institucional", afirmou, durante o seminário Marco Regulatório – Propostas para uma Comunicação Democrática, no Rio.

Görgen informou que o grupo de trabalho sobre o marco regulatório vai analisar agora tópicos sobre internet banda larga e universalização dos serviços e conteúdos de telecomunicações. "Existe alguns consensos, mas que não posso revelar, por questões hierárquicas", explicou.

Assim que o documento for tornado público pelo ministério, uma câmara de diálogo será criada para incentivar a discussão sobre o tema.

Para o coordenador-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schröder, o diálogo permitirá aperfeiçoar a proposta do governo desde que, segundo ele, a iniciativa privada não retome discussões que foram superadas na Conferência de Comunicação.

"Não podemos perder mais tempo e dinheiro com isso. Os atores que quiseram participar, participaram. O momento, agora, é de o governo apresentar sua proposta. Aí, a gente pode até sentar, clarear as ideias, mas não começar mais um debate", defendeu.

A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), coordenadora da Frente Parlamentar pela Liberdade de Expressão e o Direito à Comunicação com Participação Popular, presente no evento, disse que também compilará propostas para o novo marco e fará a discussão no Congresso Nacional.

"Temos exatamente que criar novos meios de participação e atualizar o marco legal sem o quê não se conseguirá colocar a política de comunicação no país no patamar necessário e garantir o cidadão o direito à comunicação e participação em um serviço público", afirmou.

O representante do Ministério das Comunicações disse que o governo está comprometido com mudanças de "paradigmas na sociedade", que passam pela atuação do Estado no setor de comunicações, mas que a criação de novas regras não significa censura dos meios.


Fonte:Observatorio do direito a comunicação
Informação: Observatório da Imprensa - 12/04/2011

Por Liliane Machado

A legislação que rege as rádios comunitárias no Brasil carece de reformas urgentes, segundo dados contidos em documento da ONU divulgado recentemente. Para amenizar falhas relativas ao financiamento e desempenho dessas emissoras, o documento traz sugestões polêmicas, que certamente irão provocar debates acirrados. Uma delas diz respeito à recomendação de que o Brasil, a exemplo de países como África do Sul, França, Reino Unido e Canadá, permita a veiculação de publicidade nessas emissoras, o que atualmente é proibido por lei. Quais são as implicações éticas e econômicas de tal possibilidade?

É preciso, em primeiro lugar, observar que o documento é uma tentativa da ONU de contribuir com as possíveis mudanças na legislação de comunicação do país que, na verdade, ainda caminham a passos lentos no parlamento.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, tem se empenhado em divulgar o anteprojeto de criação de um novo marco regulatório da mídia, formulado pelo ministro Franklin Martins quando chefiava a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), durante o governo Lula. Em entrevista concedida ao Observatório da Imprensa no dia 22 de março, na TV Brasil, o ministro comentou alguns pontos do documento da ONU, mas não se deteve nas recomendações concernentes às rádios comunitárias.

Filha bastarda e pobre diante de irmãs glamourosas, como a TV digital e a internet, a rádio comunitária tem sido foco de atenção, principalmente de ONGs e associações que defendem a sua importância para as comunidades em que estão sediadas. No mais, há um silêncio por parte de especialistas em estudos midiáticos, raramente quebrado em artigos produzidos parcamente nas academias. É oportuno discutir a recomendação da ONU, já que poderia ser a solução parcial para as dificuldades financeiras enfrentadas pelos produtores desses veículos.

Legislação em outras democracias do mundo

A primeira grande dúvida que surge em relação à permissão para as rádios comunitárias veicularem publicidade é se tal iniciativa não seria uma frontal contradição com os princípios que regem essas mídias. A saber: veículo especial de comunicação, sem fins lucrativos, formada por uma pequena estação que funciona como canal de comunicação, dedicado ao sítio onde está localizado, abrindo oportunidades para divulgação de suas ideias, manifestações culturais, eventos locais, educação, entre outros princípios, que lhe imprimem uma identidade voltada para a promoção da cidadania.

A outra dúvida é o que a publicidade poderia trazer de benefício para tais emissoras que, segundo a lei 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, que instituiu o serviço de radiodifusão comunitária no país, devem abster-se de procurar obter lucros e outras benesses de que os meios de comunicação tradicionais usufruem. A resposta, sem dúvidas, será contrária à iniciativa, caso se adote a postura apocalíptica de que a publicidade é a origem de todos os males do jornalismo praticado no Brasil contemporâneo.

Antes de tentarmos responder a tais perguntas, é importante voltarmos ao texto produzido pela ONU. Realizado por especialistas estrangeiros, abrange vários pontos relativos à produção e difusão das telecomunicações, por meio de uma estratégia laboriosa: descrição e posterior análise da legislação em comunicação de outras democracias do mundo, que apresentam proximidades políticas e econômicas com as nossas. Portanto, não se trata de uma interferência descabida e descontextualizada. O que se pretendeu foi munir os especialistas brasileiros com exemplos de experiências que estão em prática em realidades díspares, mas não totalmente desconectadas da que o Brasil vivencia.

Engajamento e responsabilidade social

Nos países utilizados como comparação – França, Canadá, Reino Unido e África do Sul –, os objetivos das rádios comunitárias são muito próximos aos que estão contidos na lei 9.612: promover a cidadania de uma comunidade específica, por meio de uma comunicação direta, cujo conteúdo se atenha, prioritariamente, aos interesses das pessoas que a habitam. O diferencial é que naqueles países a publicidade não é encarada como um entrave para tais propósitos; ao contrário, ela é tida como uma aliada, já que propicia um serviço de qualidade, senão totalmente realizado por profissionais, no mínimo coordenado por quem se habilitou para tal. Não é porque está mais antenado com as questões sócio/culturais/educativas que o serviço deva ser realizado de forma amadora. Os voluntários são bem-vindos, a participação da comunidade é essencial, mas sem comprometer a qualidade.

O Estado responsabiliza-se por parte dos financiamentos, mas não banca sozinho as despesas com o pagamento dos profissionais e dos demais custos que envolvem a manutenção de uma rádio comunitária. Dessa premissa surge outra questão: qual seria o interesse dessa iniciativa para os profissionais de comunicação no Brasil? haveria algum ganho real para a formação ética e, consequentemente, para a solidificação da preocupação social que eles devem assumir ao ingressar na profissão?

É sabido que parte da formação dos profissionais de comunicação social no país acontece nos estágios supervisionados, paralelo à experiência vivenciada em sala de aula. Agências de publicidade e veículos da imprensa beneficiam-se da mão-de-obra dos estagiários e vice-versa, em uma relação nem sempre harmoniosa e correta – visto que os estagiários, em muitos casos, são utilizados como mão-de-obra barata e descartável. O fato é que, muito cedo, os estudantes são confrontados com uma realidade dura, em que prevalece a ode à concorrência e ao lucro, interferindo de forma real na sua formação e desempenho posterior. Será que abraçar causas sociais, preocupar-se com a parcela educativa da comunicação e ser confrontado com a responsabilidade social não seria algo benéfico para nossos futuros comunicadores? Não seria uma oportunidade de incentivo ao engajamento, palavra meio fora de uso, mas nunca tão necessária quanto nos tempos atuais?

Uma política de financiamento estatal

No caso específico da publicidade, que órgão regeria a relação entre as rádios comunitárias, as agências e os anunciantes? Creio que a resposta está dada e concentra-se em órgãos como o Conselho Nacional de Autorregulamentação (Conar), cujos princípios norteadores, como o artigo 6º, por exemplo, afirmam que “toda publicidade deve estar em consonância com os objetivos do desenvolvimento econômico, da educação e da cultura nacionais”. O fato é que, de um modo geral, o Conar tenta esclarecer que a profissão do publicitário tem que estar regida pelo princípio ético da responsabilidade social.

Além do Conar, a atividade publicitária no Brasil está regulamentada e garantida pela Constituição Federal, em diversos artigos que tratam direta ou indiretamente de questões relativas ao dia-a-dia deste profissional como, por exemplo, o artigo 5º, que aborda os direitos e garantias fundamentais, relativas, entre outras, à livre expressão da atividade da comunicação. Já a Lei 4.680/65 regulamenta a profissão em suas várias nuances, relativas tanto aos deveres quanto aos direitos do publicitário e dos consumidores que atinge.

Por fim, cabe indagar, que tipo de anúncio seria permitido. Segundo o exemplo dos países estudados pelos especialistas da ONU, a recomendação é que tenham um perfil adequado aos princípios gerais da comunidade em que estão inseridos e que, de modo algum, possam ferir os interesses de seus componentes.

Riscos de uma relação prática pérfida sempre haverá, mas não é isso que justifica a atual proibição de que as rádios comunitárias veiculem anúncios publicitários e que só possam aceitar patrocínios de caráter educativo.

Junto com uma política de financiamento estatal bem formulada e bem distribuída, a publicidade nas rádios comunitárias poderia ser um fator determinante em sua dinamização e fortalecimento. As comunidades que já dispõem desses veículos – ainda em número muito aquém das reais necessidades do país – tendem a ganhar.
A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados aprovou ontem uma proposta que flexibiliza o horário de transmissão do programa Voz do Brasil pelas emissoras de rádio. A proposta define que as rádios ficam liberadas de veicular o programa entre as 19h e as 22h. No entanto, deverão fazer chamadas para a Voz do Brasil no horário das 19h. As rádios educativas e públicas continuam transmitindo o programa às 19h.

Atualmente, o horário de transmissão, obrigatório, é das 19h às 20h, exceto aos sábados, domingos e feriados, dias em que não vai ao ar. O projeto será encaminhado hoje à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, segue ao Plenário.

Fonte: Sul radio
A briga pela audiência e pela quebra do monopólio da Globo,teve mais um capitulo inesperado, más já previsto.
Um fato inusitado na comunicação coloca o monopolio da Rede Globo mais uma vez em discussão.

Não é a primeira vez que isso acontece, o grupo Globo recentemente tirou a Tv Diário de fortaleza do grupo Mares de comunicação do sistema via satélite(parabólica),desde então as pessoas não poderão mais assistir a Tv Diário,más continua no ar em rede local.Isso aconteceu devido uma ordem da Globo,pois o grupo tem parte no grupo da Tv Diário, a qual estava dando muita audiência e ameaçando a audiência da própria Globo.

Agora o grupo Globo deu ordem a Sky e NET,sendo as duas tvs por assinatura, para retirarem a Record News do sistema por assinatura.Isso por que a Globo matem maior parte de ações da Sky e NET.

A direção da Record News já tentou negociar a situação por várias vezes,más não obteve sucesso.No decorrer de sua programação a emissora pede desculpa aos assinantes das operadoras e acusa a Globo de rivalidade.O fato aconteceu depois da emissora ter anunciado um novo time de jornalistas que mudaria o modo de fazer notícia.

Redação: Ney Rodrigues
A Anatel recebeu denuncias de que na cidade de cipó estavam operando provedores de internet sem licensa para executar o serviço.
No ultimo dia 19 agentes da Anatel aprenderam equipamentos de transmissão dos provedores ilegais,os quais distribuiam internet a baixo custo para varias pessoas.O que se configura crime compartilhar internet sem autorização, da Anatel ou mesmo da companhia telefônica,o que se configura crime por desenvolver clandestinamente atividades de telecomunicações. (Lei 9.472/1997) e o cliente praticando crime baseado pela mesma lei no artigo 183.

Para este tipo de serviço é necessário ter A licença SCM(serviço de comunicação e multimídia),além disso o provedor tem que ter um link dedicado para distribuir o sinal,linha 0800 para atendimento,pagar taxas de instalação dentre outras necessidades.
Os provedores ilegais que estavam operando na cidade não cumpria nenhuma das exigência estabelecidas na lei,além disso usavam ADSL para distribuir o sinal.

Um dos provedores piratas era o JB Net,que além de praticar a ilegalidade,para enganar as pessoas dizia aos seus clientes que era 100% legalizado e tinha dois pontos de distribuição na cidade,tinha vários planos de serviços e tela de login em sua rede,aonde continha telefones,planos e serviços .Segundo informações e dono da JBnet trabalhava em um provedor legalizado da cidade,e por cometer irregularidades na empresa foi demitido.

Varias pessoas cairam no golpe da Internet pirata,pois as pessoas acreditaram na conversa desse ultimo provedor,que de fato era "pirata"mesmo pois se dizia legalizado.

O compartilhamento de internet é crime desde de que a pessoa não venda o serviço e não compartilhe com terceiros com objetivo de obter lucros.
A quantidade de rádios comunitárias deve crescer no Brasil, de acordo com o diretor do departamento de outorgas do Ministério das Comunicações, Demerval da Silva Junior. Nesta terça-feira (17/5), em sua participação no Brasil Rádio Show, ele revelou que o órgão federal pretende facilitar o sistema para a concessão e fiscalização de emissoras comunitárias.

"Temos a ideia de aumentar o número de rádio comunitárias", informou Demerval. Ao ser questionado se o crescimento destes tipos de emissoras radiofônicas pode atrapalhar o mercado comercial do setor, o diretor disse que as comunitárias ajudam, ao invés de prejudicar. Ele também avaliou que o principal problema com este tipo de rádios é a fiscalização.

O pensamento do diretor do Ministério das Comunicações foi compartilhado com o representante do Intervozes, João Brant. "As rádios comunitárias têm que ter espaço, até porque atuam em frequências reduzidas, não disputam, não brigam com as outras rádios", declarou Brant.
A Anatel aprovou na semana passada o pedido de licença de SCM para a operadora Sky, que pretende operar o serviço de banda larga na faixa de 2,5 GHz. Mas a polêmica em torno da liberação do SCM na faixa do MMDS está ainda longe de uma polêmica. Isso porque a Anatel precisa, ainda, dizer como será feita a liberação e a cobrança da faixa de 2,5 GHz para o SCM.

Ainda não existe uma tendência clara dentro da agência. Parte da área técnica quer que a operadora seja liberada a usar a faixa para SCM imediatamente e que depois, quando a Anatel definir o preço a ser cobrado pelo espectro de 2,5 GHz, os operadores tenham que pagar o proporcional.

A área jurídica da agência, em parecer específico sobre um questionamento feito pelo gabinete da conselheira Emília Ribeiro, teria tido que o aconselhável é ter já um preço definido, mas que a cobrança pode ser feita depois. E outra parte dos técnicos da agência entende que a Anatel precisa dizer antes como é que vai cobrar os operadores para só então liberar a faixa.

Vale lembrar que em 2009, quando a Anatel liberou a renovação de outorgas de MMDS sem dizer quanto cobraria por isso (e até hoje a questão está pendente, aguardando justamente a metodologia de cálculo da faixa de 2,5 GHz), operadoras como a Sky tomaram a medida de buscar na Justiça o direito de recolher em juízo apenas o PPDUR (Preço Público pelo Direito de Uso de Radiofrequência).

Acredita-se no mercado que no momento em que a Anatel estabeleça valores muito mais altos, as operadoras questionem a inviabilidade de pagar o que for estabelecido e usem o precedente da Sky como argumento.
Se antes as emissoras de rádio e de televisão podiam retomar o andamento de um processo com data expirada, agora estes pedidos serão arquivados. O novo sistema para tramitação foi anunciado pelo Ministério das Comunicações, que pretende dar maior agilidade ao andamento dos processos. Para retomar uma solicitação, o radiodifusor precisará requerer abertura de um novo processo.

De acordo com o diretor de Assuntos Legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Rodolfo Machado Moura, a medida é positiva, mas os interessados devem ficar atentos, pois o órgão poderá aplicar sanções nos casos em que o processo prevê penalidades pelo não cumprimento da exigência. Moura faz outro alerta: “Esperamos que não só as emissoras, mas que o órgão cumpra os prazos e preste um serviço adequado às necessidades das emissoras”.

Desde março deste ano, o Ministério das Comunicações vem modificando algumas medidas com a meta de liquidar o volume de demandas antigas em um ano e meio. Atualmente, o órgão acumula cerca de 35 mil pedidos.

Fonte: Sul radio
A Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) terá novas regras para analisar e votar concessões de emissoras de rádio e TV. Uma das mudanças apresentadas, que ainda depende da aprovação de um Ato da Comissão, é a proibição de que os senadores da comissão relatem projetos relativos a concessões em seus estados. O ato, apresentado pelo presidente da CCT, senador Eduardo Braga (PMDB-AM) deverá ser votado na próxima reunião do colegiado, prevista para o dia 25, quando o senador Pedro Taques (PDT-MT) deverá apresentar seu relatório sobre a matéria.

Outra mudança está a exigência de comprovação de capacidade financeira por parte daqueles que estiverem solicitando a concessão.

“A adoção das novas regras demonstra que esta comissão está cumprindo seu papel constitucional.

Não podemos aqui transformar e continuar a ser simples carimbadores do que vem do Executivo”, avaliou o pedetista.

Na última reunião, Cyro Miranda (PSDB-GO) já havia admitido que não se sentia à vontade para relatar projetos do seu próprio estado, para que não fosse acusado de favorecimento. Na avaliação de Taques, é preciso também elaborar um marco regulatório para o setor de telecomunicações, para “evitar monopólios e oligopólios nos meios de comunicação”. Para Vital do Rêgo Filho (PMDB-PB), a medida vai trazer mais tranquilidade para que a CCT possa aprovar projetos de concessão.

Capacidade Financeira

Na abertura da reunião da comissão, Eduardo Braga informou ao colegiado que o Ministério das Comunicações enviou à CCT, na terça (17), os 36 últimos processos de comprovação de capacidade econômico-financeira que faltavam para que os senadores pudessem analisar os projetos de decreto legislativo (PDS) sobre concessão de rádio e TV nas licitações públicas que já estavam tramitando no colegiado. “A partir de agora, nenhum processo será distribuído aos relatores sem que venha acompanhado da capacitação financeira dos contemplados”, garantiu o presidente. O colegiado comemorou a comunicação do presidente.

Pedro Taques também observou que o Ministério ainda não cumpriu o acordo disponibilizar na Internet o cadastro com a relação de todas as outorgas, com nome fantasia, frequências outorgadas e seus sócios. O compromisso foi firmado pelo representante do Ministério, Genildo Lins de Albuquerque Neto, em audiência pública. Na ocasião, o Neto assegurou que no dia 16 de maio todos os dados seriam publicados no site da instituição.

Além de tratar das novas regras e o comunicado do Ministério, o colegiado analisou 22 itens da pauta da comissão. Destes, 21 são projetos que tratam de autorização para exploração de serviço de radiodifusão comunitária em diversas cidades brasileiras.


Fonte:Sul radio
A proposta da Anatel para o novo regulamento de qualidade no Serviço Móvel Pessoal sofreu, até aqui, pelo menos uma modificação importante desde que o texto foi apresentado à sociedade, em julho do ano passado. As metas de garantia na banda larga móvel foram ampliadas e, se aprovado como está, as operadoras terão que assegurar até 80% da velocidade contratada.

Originalmente, a revisão do Plano Geral de Metas de Qualidade do SMP previa, tanto para upload quanto download, a garantia de 50% da velocidade contratada. O percentual mínimo foi elevado para 60%, devendo chegar a 80% seis meses após a entrada em vigor da nova regra.

A mudança na proposta – que aguarda parecer da Procuradoria Especializada da Anatel para ser encaminhada ao Conselho Diretor – se deu após a consulta pública sobre o tema e marca uma vitória dos consumidores. Naquela consulta, as operadoras pediram a eliminação desse item. Vale lembrar que o mercado costuma garantir apenas 10% do que foi contratado.

“Os sistemas sem fio sempre apresentaram problemas de qualidade. Entendemos que não há falta de espectro, mas sim que é preciso investir mais em infraestrutura”, avalia o superintendente de serviços privados da Anatel, Dirceu Baraviera, que discutiu o novo PGMQ-SMP em reunião do Conselho Consultivo da agência nesta sexta-feira, 6/5.

Os integrantes do colegiado elogiaram a tentativa de Anatel de induzir a melhoria na qualidade dos serviços 3G, mas demonstraram dúvidas quanto a capacidade do órgão regulador em efetivamente medir o cumprimento das garantias. “Muitos indicadores estão sujeitos às informações prestadas pelas próprias operadoras”, destacou o conselheiro e diretor executivo do Procon-SP, Roberto Pfeiffer.

Para o representante do Ministério das Comunicações no conselho, Rodrigo Zerbone – consultor jurídico da pasta – além do tradicional sistema de procedimentos administrativos em caso de desrespeito às regras, a Anatel poderia investir em um selo de qualidade para as operadoras que cumprirem as metas. “Seria uma maneira de demonstrar ao consumidor a aferição da velocidade”, defendeu.

Fonte:Observatório do Direito à Comunicação
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) já começou a recolher assinaturas para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias recentes sobre o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). O anúncio foi feito nesta quinta-feira (5) por Randolfe em plenário. São necessárias 27 assinaturas para a instalação da CPI. Se aprovada, a Comissão terá seis meses para concluir os trabalhos.

O parlamentar quer que o Senado apure as denúncias divulgadas em jornais sobre as falhas no trabalho do Ecad e proponha mecanismos de fiscalização do Estado sobre o órgão, com base no Plano Nacional de Cultura. O senador também quer investigar as relações do Escritório com o Ministério da Cultura (MinC). A ministra da pasta, Ana de Holanda, chegou a declarar que não era possível subordinar o órgão ao Executivo.

Não é de hoje que são constatadas irregularidades no Ecad. Tanto que o órgão já foi alvo de três CPIs em diferentes instituições. Na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Uma das últimas denúncias de repercussão nacional mostrou que foram repassados quase R$ 130 mil para um falsário (Milton Coitinho dos Santos) por autorias de trilhas sonoras que na realidade são de outros compositores.

Além do pedido de CPI, o senador amapaense protocolou, também nesta quinta, um requerimento pedindo a realização de uma Audiência Pública sobre o assunto na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.

Como funciona

O Ecad é uma sociedade civil, de natureza privada, instituída pela Lei Federal nº 5.988/73 e mantida pela atual Lei de Direitos Autorais (nº9.610/98). É administrado por nove associações de música, que ficam responsáveis pela divisão dos recursos entre os artistas (autores, herdeiros, editoras e intérpretes).

Atualmente o banco de dados do escritório conta com 2,3 milhões de obras musicais, 71 mil obras audiovisuais e 342 mil titulares de música. O balanço patrimonial de 2010 do Escritório arrecadou R$ 432,9 milhões. Para se ter uma ideia do volume desses recursos, basta comparar a execução orçamentária do MinC somada a rubrica do Fundo Nacional de Cultura é de cerca de R$ 360,9 milhões (R$ 72 milhões a menos do que movimenta o Ecad).


Fonte:Observatório do Direito à Comunicação
No dia 3, a rádio comunitária Santa Marta, localizada na comunidade de mesmo nome, em Botafogo, zona Sul do Rio, foi fechada pela Polícia Federal e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A ação ocorreu no Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, decretado pela ONU em 1993.

Os agentes lacraram todos os equipamentos e levaram o transmissor. Rapper Fiell (Emerson Claudio Nascimento) e Antonio Carlos Peixe – diretores da emissora – foram levados pelos agentes para as dependências da Polícia Federal, na Praça Mauá, Rio. Mais tarde eles foram liberados, porém os equipamentos continuam apreendidos.

A rádio comunitária Santa Marta foi construída de forma coletiva por moradores de diversas comunidades. Por ser uma conquista dos trabalhadores, recebeu as doações de equipamentos para o seu funcionamento: computadores, móveis e cursos de capacitação para os locutores e colaboradores da rádio - todos moradores da favela Santa Marta.

Os participantes da emissora estavam preparando toda a documentação para entrar com o pedido de autorização de funcionamento ao Ministério das Comunicações.

Rapper Fiell, um dos detidos na operação, é um atuante ativista do movimento social. Já lançou dois CDs e produziu um curta-metragem sobre o morro carioca: o 788. Este último foi ganhador de dois prêmios, um nacional e outro na Holanda. Faz rádio livre e comunicação popular há pouco mais de um ano. Ele é conhecido dos movimentos sociais por sua militância em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos moradores de favelas. Em reconhecimento a seu trabalho, no dia 19 de abril ministrou aula para alunos do curso de Ciências Sociais da UFRJ, a convite do sociólogo Luiz Antonio Machado da Silva. Cultura da favela, hip hop e comunicação comunitária foram os temas da aula.

Essa não é a primeira vez que o militante é vítima da criminalização por parte do Estado. Em maio do ano passado, ele foi preso e espancado por policiais que invadiram o bar de seu sogro no morro Santa Marta e obrigaram os presentes a encerrar o tradicional pagode que ocorre no local. Na ocasião, Fiell pegou o microfone e começou a ler a lei do silêncio. Ao invés de pedirem para abaixar o som, os policiais desligaram tudo. “Depois disso, me deram voz de prisão, me arrastaram de cima do palco e começaram a me espancar”, contou na época.

A rádio segue normalmente pela internet: www.radiosantamarta.com.br

Fonte:Vermelho.org.com
Na última terça-feira, agentes da Polícia Federal e Anatel fecharam uma rádio comunitária que funcionava irregularmente no morro Dona Marta, em Botafogo. Na ação, dois diretores do veículo foram encaminhados para prestar depoimento na delegacia e o equipamento de transmissão foi apreendido. Projeto antigo dos idealizadores, a Rádio Santa Marta 103,3 FM funcionava há quase um ano e produzia entretenimento e informação voltada para os moradores da favela.

Com um alcance até determinado trecho da Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, a rádio tinha uma programação variada e atingia diferentes interesses da população do morro, quase todos os programas tinham um espaço para divulgar um boletim informativo sobre os acontecimentos do morro. De acordo com o presidente da associação de moradores do Dona Marta, José Hilário, antes da rádio, as informações era transmitidas através de auto falantes instalados no alto de postes.

-Na época, esta foi a solução encontrada para que os moradores ficassem por dentro dos acontecimentos. Agora, com a rádio, podemos avisar com mais facilidade as datas das vacinas, as obras que serão realizadas e outros eventos relevantes.

Há oito anos, o morador Edilson Benedito realiza alguns projetos com as crianças da comunidade. Com a rádio, Benedito ganhou um espaço todas as manhãs para transmitir o programa "Brincando como criança", onde os menores conseguem ter um contato com a cultura infantil.

- Algumas dessas crianças nunca tinham ouvido falar nos clássicos da literatura infantil brasileiros. Na sede da rádio, montamos uma biblioteca com diversos exemplares. Assim, elas passaram a conhecere essas obras.

A história do veículo começou quando um morador teve a ideia de montar uma rádio com uma programção evangélica. Em fase de teste, a então Som da Casa FM 106,1 chegou a entrar no ar mas por problemas de saúde de um dos idealizadores, o projeto acabou sendo deixado de lado. De acordo com um panfleto distribuido pela Rádio Santa Marta, a iniciativa tomou um novo rumo quando o músico Marcelo Yuka, ex integrante da banda O Rappa, doou um equipamento de tramissão para morador Emerson Nascimento, conhecido como Rapper Fiell, que resolveu juntar forças com a antiga rádio e fundar uma nova, com uma programação mais variada.

Severina Macedo, que reside no morro há 40 anos, não deixava de escutar a rádio nem um dia e acredita que o veículo eaumentava a voz dos moradores:

- O meu radinho ficava sintonizado na 103,3 FM o dia todo. Era o uníco canal que divulgava os problemas do morro. Sem a rádio, ficamos órfãos.

Para conseguir uma licença de instalação de uma rádio comunitária é preciso entrar com um pedido no Ministério das Comunicação e atender alguns requisitos. A entidade não pode ter fins lucrativos, deve ter caráter cultural e social e garantir o acesso gratuito a todo e qualquer membro da comunidade interessado em participar dela.

Fonte: Bairros.com:Oglobo
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