São Paulo - Depois de um longo período de testes de dois padrões tecnológicos de rádio digital, o DRM europeu e o HD Radio norte-americano, o conselho consultivo do rádio digital chegou à conclusão que ainda não é possível optar por nenhum dos dois caminhos, o que foi referendado pelo Ministério das Comunicações no ano passado. Isso porque os parâmetros técnicos utilizados para os testes geraram resultados aquém da expectativa do governo e das emissoras, como a diminuição da área de cobertura do sinal.
Mas o assunto, entretanto, não foi enterrado pelo Ministério das Comunicações, que já programa uma nova bateria de testes. "Uma questão absoluta para a digitalização efetiva é a cobertura. Emissora que perde cobertura perde importância. Um meio de comunicação como rádio, que tem como característica fundamental o seu papel inclusivo, não pode se dar ao luxo de perder cobertura. É com essa expectativa que temos pensado essa segunda bateria de testes", disse o diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços do Minicom, Octavio Pierante, durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado convocada para discutir o assunto.
Mas não é apenas a questão tecnológica que ainda precisa ser resolvida. A transmissão digital oferece ao radiodifusor a possibilidade de fazer multiprogramação e de transmitir dados, além da melhoria da qualidade do sinal. As emissoras privadas, contudo, ainda não identificaram um modelo de negócio que possa fazer frente aos investimentos necessários para a digitalização. A falta de recursos é ainda mais grave para os empresários das rádios AM, onde a queda na receita publicitária é mais acentuada. "O setor vive crise comercial e financeira. Até o momento, o radiodifusor só vê custos, não vê um modelo de negócios viável", resume o engenheiro da Abratel, André Felipe Trindade.
Segundo ele, uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) mostrou que 35% das emissoras ainda utilizam transmissores valvulados e 32% têm transmissores com mais de dez anos de uso. Nessas condições, a digitalização pode custar até R$ 250 mil. De acordo com a mesma pesquisa, contudo, 81% das emissoras não têm capacidade de investimento que alcance US$ 150 mil.
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De acordo com a gerente de tecnologia da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Monique Cruvinel, nenhum dos padrões está pronto, e também há dúvidas sobre o modelo de negócios e incertezas em relação à política industrial. "Multiprogramação não é obvia, é preciso capacitação. Como vamos operar essas mudanças, como vamos pagar essa conta?", questiona ela.
Mas o assunto, entretanto, não foi enterrado pelo Ministério das Comunicações, que já programa uma nova bateria de testes. "Uma questão absoluta para a digitalização efetiva é a cobertura. Emissora que perde cobertura perde importância. Um meio de comunicação como rádio, que tem como característica fundamental o seu papel inclusivo, não pode se dar ao luxo de perder cobertura. É com essa expectativa que temos pensado essa segunda bateria de testes", disse o diretor do Departamento de Acompanhamento e Avaliação de Serviços do Minicom, Octavio Pierante, durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado convocada para discutir o assunto.
Mas não é apenas a questão tecnológica que ainda precisa ser resolvida. A transmissão digital oferece ao radiodifusor a possibilidade de fazer multiprogramação e de transmitir dados, além da melhoria da qualidade do sinal. As emissoras privadas, contudo, ainda não identificaram um modelo de negócio que possa fazer frente aos investimentos necessários para a digitalização. A falta de recursos é ainda mais grave para os empresários das rádios AM, onde a queda na receita publicitária é mais acentuada. "O setor vive crise comercial e financeira. Até o momento, o radiodifusor só vê custos, não vê um modelo de negócios viável", resume o engenheiro da Abratel, André Felipe Trindade.
Segundo ele, uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) mostrou que 35% das emissoras ainda utilizam transmissores valvulados e 32% têm transmissores com mais de dez anos de uso. Nessas condições, a digitalização pode custar até R$ 250 mil. De acordo com a mesma pesquisa, contudo, 81% das emissoras não têm capacidade de investimento que alcance US$ 150 mil.
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De acordo com a gerente de tecnologia da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Monique Cruvinel, nenhum dos padrões está pronto, e também há dúvidas sobre o modelo de negócios e incertezas em relação à política industrial. "Multiprogramação não é obvia, é preciso capacitação. Como vamos operar essas mudanças, como vamos pagar essa conta?", questiona ela.
Informações: exame.abril.com.br
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