Por meio de sanção publicada em janeiro (10) no Diário Oficial da União, a presidente Dilma Rousseff reconheceu a música gospel e eventos relacionados ao gênero como manifestação cultural. Com isso, projetos de artistas, padres e pastores que fazem shows de música religiosa poderão se inscrever no Ministério da Cultura para obter recursos pela Lei Rouanet, que dá incentivo fiscal a empresas que financiam eventos culturais.
O ex-deputado e pastor evangélico Robson Rodovalho (PP-DF), autor do projeto, explica que a ideia é corrigir "uma distorção e uma discriminação" que a música religiosa sofria. "Em aniversários de cidades, quando alguma prefeitura queria contratar um show de música evangélica, o Ministério Público vetava porque entendia que o Estado, por ser laico, não deveria apoiar uma religião. Temos tantos processos contra essas manifestações que a única saída era considerar esse tipo de música cultura", explica.
Ele não acha, no entanto, que possa haver o favorecimento de religiões, porque a lei veta projetos de autoria de igrejas. "Não acho que haverá beneficiamento de igrejas porque não se ganha nada com isso. Tanto que, o que hoje acontece em muitos festivais de música é haver uma noite para artistas católicos e evangélicos, o que é legítimo."
Apesar de o texto publicado no Diário Oficial não especificar que tipos de música seriam considerados gospel, o deputado explica que trata-se de toda música que tiver temática religiosa.
Rodovalho salienta que a lei beneficia o gênero porque o iguala às outras expressões culturais. "Antes, a Coca-Cola não ia patrocinar um evento evangélico porque não patrocina religiões nem partidos, mas o nosso público também consome, e devia ser respeitado como os outros. Um evento como a 'Marcha para Jesus', que não era patrocinado porque não podia, agora vai poder", diz. "É preciso que haja também uma mudança de mentalidade das agências [de publicidade], para tratarem esse segmento como público."
Para o diretor da gravadora gospel "Canzion", Daniel Nunes, a lei pode incentivar o aumento de shows gospel, porque o gênero "está na moda". No entanto, o fato de a música religiosa no país ainda estar muito ligada à religião --diferente do que ocorre nos Estados Unidos, que é mais considerada como um gênero musical-- ainda pode afastar patrocinadores particulares: "As marcas não querem se associar a essas bandas. A cultura de considerar música gospel como gênero musical vai demorar muito para mudar no Brasil. Não acho que a lei vá mudar isso, mas pode ajudar", diz.
O ex-deputado e pastor evangélico Robson Rodovalho (PP-DF), autor do projeto, explica que a ideia é corrigir "uma distorção e uma discriminação" que a música religiosa sofria. "Em aniversários de cidades, quando alguma prefeitura queria contratar um show de música evangélica, o Ministério Público vetava porque entendia que o Estado, por ser laico, não deveria apoiar uma religião. Temos tantos processos contra essas manifestações que a única saída era considerar esse tipo de música cultura", explica.
Ele não acha, no entanto, que possa haver o favorecimento de religiões, porque a lei veta projetos de autoria de igrejas. "Não acho que haverá beneficiamento de igrejas porque não se ganha nada com isso. Tanto que, o que hoje acontece em muitos festivais de música é haver uma noite para artistas católicos e evangélicos, o que é legítimo."
Apesar de o texto publicado no Diário Oficial não especificar que tipos de música seriam considerados gospel, o deputado explica que trata-se de toda música que tiver temática religiosa.
Rodovalho salienta que a lei beneficia o gênero porque o iguala às outras expressões culturais. "Antes, a Coca-Cola não ia patrocinar um evento evangélico porque não patrocina religiões nem partidos, mas o nosso público também consome, e devia ser respeitado como os outros. Um evento como a 'Marcha para Jesus', que não era patrocinado porque não podia, agora vai poder", diz. "É preciso que haja também uma mudança de mentalidade das agências [de publicidade], para tratarem esse segmento como público."
Para o diretor da gravadora gospel "Canzion", Daniel Nunes, a lei pode incentivar o aumento de shows gospel, porque o gênero "está na moda". No entanto, o fato de a música religiosa no país ainda estar muito ligada à religião --diferente do que ocorre nos Estados Unidos, que é mais considerada como um gênero musical-- ainda pode afastar patrocinadores particulares: "As marcas não querem se associar a essas bandas. A cultura de considerar música gospel como gênero musical vai demorar muito para mudar no Brasil. Não acho que a lei vá mudar isso, mas pode ajudar", diz.
Informações: musica.uol.com.br
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